Quando se fala em câncer, é importante saber que o diagnóstico precoce faz toda a diferença. Se a doença for descoberta no seu início, isso significa que o tratamento será menos invasivo e a chance de cura é ainda maior.

Olhando para este cenário, decidi escrever sobre os cânceres que mais atingem mulheres no Brasil. Primeiro, vamos falar sobre um questionamento muito comum: “Dra., nenhuma pessoa da minha família teve câncer, então posso ficar mais tranquila, né?”. 

Importante dizer que, ao contrário do que se pensa, os tumores surgem em sua maioria por outros problemas, e não por histórico familiar (genética). Sabe-se que 80% a 90% dos casos de cânceres têm relação com fatores externos, como hábitos de vida do paciente e seu ambiente social e cultural. 

Dito isso, quero alertar você, mulher, que, de acordo com estimativas do INCA, os 3 cânceres mais comuns em mulheres são o de mama, cólon e reto e colo de útero.

• Câncer de mama

O câncer de mama, é um dos principais cânceres em mulheres e basicamente acontece quando há multiplicação de células anormais da mama, de tal forma que exista um tumor que consegue se espalhar. Os fatores de risco passam por excesso de peso, nunca ter tido filhos, menarca antes dos 12 anos ou menopausa após 55 anos. 

Sintomas 

• Caroço no peito, podendo ser fixo e indolor; 
• Alterações no mamilo;
• Nódulos em parte do corpo como nas axilas ou pescoço; 
• Líquido saindo pelos mamilos, com exceção de leite materno; 
• Pele com aspecto de casca de laranja ou avermelhada.

Para se prevenir, é importante: manter o peso corporal adequado, praticar atividades físicas, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, não fumar e, se for mãe, amamentar quando puder. Além disso, realize a mamografia anualmente a partir dos 40 anos e, no caso de alguns dos sintomas, procure um médico.

• Câncer de cólon e reto

Também chamado de câncer colorretal, este tipo se desenvolve com células cancerígenas entre o final do tubo digestivo, localizado entre o intestino delgado e o ânus.  

Os fatores de risco passam pela idade, bem como por hábitos alimentares. O risco de desenvolvimento é maior em pessoas acima de 50 anos, com alimentação inadequada, com consumo superior a 500 gramas de carne vermelha por semana e doenças inflamatórias no intestino. Previna-se mantendo o peso corporal adequado, praticando exercícios e equilibrando a alimentação.

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Sintomas

• Sangue nas fezes; 
• Massa no abdômen (tumoração);
• Anemia; 
• Perda de peso sem justificativa;
• Dores abdominais.

Os exames podem ser realizados em caso de manifestação dos sintomas da doença ou então preventivos (rastreamento), para pessoas que fazem parte do grupo de risco. Entre os exames mais comuns estão pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias.

• Câncer de colo do útero

O câncer de colo de útero se desenvolve por meio do Papilomavírus Humano (HPV), sendo este sexualmente transmissível. O uso de preservativos pode prevenir parcialmente o aparecimento deste tipo de tumor. 

Esse tipo de câncer é influenciado também pelo tabagismo, além do uso por um longo período de anticoncepcionais e o início precoce de relações sexuais. Utilizar preservativos nas relações sexuais e manter em dia o calendário vacinal de HPV são essenciais para prevenir. 

Sintomas

• Inicialmente sem sintomas;
• Em casos avançados pode desenvolver sintomas como sangramento vaginal incomum e secreção vaginal anormal;
• Dor abdominal (podendo ser confundida com problemas urinários ou intestinais).

É imprescindível que as mulheres realizem o Papanicolau e não deixem de procurar um médico caso apresentem os sintomas da doença. Pessoas que tenham diagnóstico de HIV/Aids, transplantados ou com cânceres têm a vacinação indicada até 45 anos de idade.

O cuidado é essencial

Compartilho essas informações não para assustar as mulheres, mas para informar e conscientizar a todas sobre a importância da prevenção, de se cuidarem e realizarem os exames regulares recomendados. 

Lembrando que, caso tenha algum destes sintomas, não significa exatamente que você tem o tipo de câncer correspondente, mas, sim, que você deve procurar um especialista para entender o seu caso.

Cuide da sua saúde e tenha mais qualidade de vida!

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