Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o câncer de tireoide é o quinto mais frequente em mulheres nas regiões Sudeste e Nordeste (sem considerar o câncer de pele não melanoma). Sendo assim, é muito importante compreender como se prevenir, quais são os fatores de risco e os sintomas.
Estimativas de novos casos do Inca de 2020 apontaram que este tipo de câncer atingiu 13.780 pessoas, sendo 1.830 homens e 11.950 mulheres. Ou seja, apesar do câncer também ocorrer em homens, as mulheres representam a maioria dos casos e devem ficar atentas.
“Dra., e quais são os tipos de câncer de tireoide?”
Os mais frequentes são os carcinomas diferenciados. Dentre eles, estão o papilífero (entre 50% e 80% dos casos), folicular (de 15% a 20%) e o de células de Hürthle. Há, ainda, os carcinomas pouco diferenciados e os indiferenciados (ambos cerca de 10%) – dados do Inca. A seguir, explico sobre esses principais cânceres de tireoide.
Carcinoma papilífero – de forma geral, é mais comum em pacientes jovens. Não sendo o mais agressivo, sua descoberta pode acontecer, geralmente, por meio de exames de rotina. Os dois lóbulos tireoidianos podem estar comprometidos.
Carcinoma folicular – segundo tipo mais comum, sendo mais agressivo que o carcinoma papilífero, porém, também com a possibilidade de cura. Uma variante pode ser o carcinoma das células de Hürthle, que se apresenta um pouco mais agressivo, mas ainda pode ter um quadro de prognóstico positivo.
Sintomas do câncer de tireoide e risco aumentado
A tireoide é uma glândula na região anterior baixa do pescoço.
É importante ressaltar que nem sempre nódulos são sinônimo de câncer. Se você sentir alguma diferença e um possível nódulo, é importante procurar um especialista para avaliação.
A descoberta deste câncer pode acontecer por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. Quanto mais cedo for diagnosticado, mais efeito faz o tratamento e maior a chance de cura.
O paciente deve ficar atento aos possíveis sintomas:
- Nódulos tireoideanos que aumentam de tamanho em pouco tempo;
- Nódulo tireoidiano associado a gânglios linfáticos aumentados no pescoço;
- Rouquidão ou outras alterações na voz;
- Falta de ar;
- Dificuldade de engolir alimentos.
De acordo com o Inca, alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de tireoide: história de irradiação (ter sido submetido à radioterapia) do pescoço, mesmo em baixas doses, histórico familiar e associação com dietas pobres em iodo.
Se enquadrar em alguns desses itens não significa necessariamente que você terá o câncer, mas, sim, que tem mais chances de desenvolver a doença em relação a pessoas que não foram expostas a estes fatores de risco.
Como prevenir o câncer de tireoide?
Para se prevenir do câncer de tireoide, é necessário manter o peso corporal adequado, além de consumir alimentos com iodo – como o sal de cozinha (de forma moderada, claro), frutos do mar e peixes (salmão, pescada e bacalhau).
Já pacientes com histórico familiar podem buscar pela alternativa de rastreamento – possível com a medicina preventiva do câncer.
Geralmente, o tratamento deste tipo de câncer é cirúrgico, com a retirada total ou parcial da tireoide. Só um especialista poderá realizar o diagnóstico e tratamento correto; por isso, na dúvida, procure um médico para investigar o seu caso.
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