Muitos pacientes têm dúvidas quando falamos em tratamento contra o câncer. Um questionamento bastante comum é sobre a diferença entre quimioterapia branca e vermelha. Qual a mais forte? Quais os efeitos colaterais? O próprio paciente pode escolher entre elas?
Primeiramente, é preciso desmistificar o nome quimioterapia branca e vermelha que, na verdade, é dito de forma recorrente pelos pacientes porque no tratamento intravenoso há medicamentos de coloração transparente e outros, vermelhos.
Há, ainda, a ideia de que os medicamentos vermelhos são mais fortes que os conhecidos como brancos (transparentes), mas não é bem assim. A diferença entre quimioterapia branca e vermelha está nos compostos dos medicamentos, e não no grau de qualidade de cada uma.
No caso da quimioterapia vermelha, os compostos são do grupo das antraciclinas (doxorrubicina e epirrubicina); já no caso da branca, os medicamentos são, por exemplo, ciclofosfamida, gencitabina, taxanos (docetaxel e paclitaxel) e vinorelbina.
Outro mito é que a diferença entre quimioterapia branca e vermelha está no fato de que apenas na vermelha aconteceria a queda de cabelo. Porém, na realidade, esse efeito colateral pode acontecer nos dois casos, e cada organismo responde de forma única ao tratamento.
No caso da vermelha, os efeitos colaterais diferentes podem ser uma fadiga maior e urina vermelha, no dia em que o tratamento é realizado.
O paciente pode escolher qual quimioterapia fazer?
Não há como escolher qual das duas opções deseja realizar, já que os tratamentos, conforme comentei ao decorrer do texto, têm diferentes composições e, por isso, a melhor escolha é sempre aquela indicada pelo especialista.
Há casos em que é recomendada a combinação das duas quimioterapias, mas isso depende da análise individual. Pode ser ideal, por exemplo, três ciclos da vermelha e seis da branca – mas destaco que os números aqui são hipotéticos, apenas um exemplo!
O tratamento do câncer é formado por etapas, e só um especialista poderá dizer qual a necessidade correta para lidar com o tumor. Ou seja, a ideia de que há uma quimioterapia mais forte que a outra é um mito, que surgiu principalmente pela quimioterapia vermelha causar mais fadiga.
Por isso, a recomendação é: siga o tratamento correto indicado pelo especialista. E se ainda tiver alguma dúvida da diferença entre quimioterapia branca e vermelha, fale com o seu médico!
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