Por aqui, já falamos sobre a importância do diagnóstico precoce obtido através de exames de rotina ou da solicitação feita depois de uma consulta periódica ao médico – o que normalmente já faz parte da vida adulta. Mas, o câncer em jovens tem um fator que pode retardar o diagnóstico: quem está ali na casa dos 20 anos e não tem uma frequência determinada para visitar um especialista, pode facilmente deixar escapar algum sinal, por não saber que pode ser algo sério.

Segundo uma recente publicação feita no Teenage Cancer Trust, do Reino Unido, poucos jovens, entre 18 e 24 anos, sabem identificar corretamente sinais dados por seu corpo que podem ser um alerta para a possibilidade de um diagnóstico de câncer. Vamos entender melhor?

Quais são os tipos mais comuns de câncer em jovens? 

As pesquisas sobre a incidência do câncer em pessoas mais jovens vêm nos atualizando sobre os “tipos de câncer que começaram a atingir pessoas antes dos 50 anos”, como foi o caso da Preta Gil. Você se lembra? E já existem dados que indicam que alguns tipos de câncer estão acometendo esse grupo de pessoas, devido ao estilo de vida e a exposição aos fatores de risco. 

Quando falamos de câncer em jovens, temos o linfoma entre um dos tipos de câncer que mais acometem essa população, de acordo com o American Cancer Society – e, normalmente, esse tipo de câncer dá sinais não tão específicos de uma doença grave, como cansaço, inchaço na barriga e caroços. 

Ainda de acordo com o American Cancer Society, os dois tipos de Linfomas (Hodgkin e não Hodgkin) aparecem em fases diferentes da vida, mas os dois estão presentes em pessoas mais jovens, sendo o primeiro mais comum em torno dos 15 a 40 anos; e o segundo menos frequente em jovens adultos, mas o seu risco aumenta de acordo com o avanço da idade e merece monitoramento dos sintomas.

Se aprofundarmos um pouco mais, ainda nesse estudo americano temos o melanoma como um dos mais comuns em pessoas com menos de 30 anos, especialmente nas mulheres; e o câncer de mama, que em mulheres mais jovens pode ser difícil a detecção, devido à densidade dos tecidos mamários.

Sinais de câncer em jovens

Para fixar o alerta, deixo aqui três sinais de atenção para o diagnóstico de câncer em jovens: 

• Manchas no corpo: se notar uma pinta ou mancha em seu corpo, monitore se elas crescem, mudam de cor ou de forma – claro, esse sinal pode não ser nada e acabar desaparecendo, mas, em caso de persistência, procure um dermatologista e investigue;
• Alterações no peso: mudanças de peso corporal sem motivo claro podem significar que algo não está funcionando corretamente. Observe seu peso e preste atenção se ele aumenta ou diminui sem alguma explicação aparente;
• Cansaço em excesso: quando um tumor se desenvolve no corpo, é comum causar anemia (falta de ferro no sangue), reduzindo o transporte de oxigênio para o corpo e provocando fadiga. Claro, nem todo cansaço é sinônimo de câncer, mas se isso se tornar frequente, é necessário procurar ajuda.

Mesmo sendo jovem, é preciso que o paciente entenda que sua saúde deve ser sua prioridade. Procurar um atendimento ao menor sinal de que o corpo não está bem pode ajudar em um diagnóstico precoce, ou até no esclarecimento de que não é nada – tirar uma preocupação da cabeça já é ótimo, não é mesmo?

Câncer em jovens é relevante como em qualquer faixa etária – não negligencie uma reclamação de alguém mais novo. 

Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 80% dos jovens adultos (entre 15 e 29 anos) tiveram seus diagnósticos confirmados em até 30 dias, depois da primeira consulta feita para o tratamento do tumor, e cerca de 60% que deram entrada no hospital sem saber que tinham câncer, começaram seus tratamentos em até 60 dias – e essas informações nos revelam a importância do jovem procurar entender o que há de errado e buscar um atendimento específico, a fim de otimizar o início do tratamento e a evolução positiva do quadro. 

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