Suplementação no câncer realmente funciona?

A suplementação no câncer é bem comum, e muitos pacientes podem fazer uso para melhorar alguns dos sintomas da doença; isso pode até funcionar, pois a função dos suplementos realmente é fornecer ao organismo doses de nutrientes importantes, mas não há nenhuma garantia de que eles são capazes de melhorar o prognóstico ou aumentar a taxa de sobrevida dos pacientes.

 

Interação entre a suplementação no câncer e os medicamentos

A Sociedade Americana de Oncologia Clínica publicou um estudo sobre o hábito que os pacientes oncológicos têm de tomar suplementos com o objetivo de buscar uma maior sobrevida. 

O problema começa, de acordo com a pesquisa, quando a suplementação no câncer interage com a medicação indicada pelo oncologista. Aqui vão alguns dados do estudo: 

  • De um total de 149 participantes da pesquisa, quase 60% tomavam suplementos junto aos remédios;
  • Dentre esses pacientes, foram identificadas 122 potenciais interações em 84 pacientes, entre a suplementação e os medicamentos prescritos para o tratamento da doença.

 

O que podemos concluir com essas informações sobre a suplementação no câncer?

Claro, esses dados são de um estudo feito com um grupo pequeno e não reflete a totalidade de pacientes oncológicos que fazem uso de suplementação – mas é possível termos uma ideia dos resultados e, com isso, ficarmos alertas antes de tomar qualquer suplemento sem orientação médica. Além de gerar possíveis interações com o tratamento do câncer, esse consumo sem o acompanhamento do oncologista ainda pode causar falsas expectativas quanto a uma melhora do prognóstico.

Essas interações medicamentosas podem ser definidas como a resposta farmacológica à administração de um medicamento com outra substância, sendo capaz de modificar a resposta do paciente ao medicamento, ou seja, é possível que hajam alterações na eficácia do tratamento quando você não conversa com seu médico sobre os suplementos que toma ou pensa tomar. 

Existe um valor nutricional relevante nesses suplementos, mas somente quando são consumidos com parcimônia e com o consentimento do médico oncologista.

 

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